Um terço do lixo da América Latina e Caribe acaba em aterros ou na natureza, diz ONU

 

Aterro sanitário em Jardim Gramacho. Foto: Wikimedia (CC)/D’Arcy Norman

Todos os dias, 145 mil toneladas de lixo são descartadas de maneira incorreta — a quantidade equivale ao que é gerado por 27% da população latino-americana e caribenha ou 170 milhões de pessoas. Os números são de pesquisa da ONU Meio Ambiente, divulgada hoje (9) em Buenos Aires, durante um fórum regional de ministros.

Um terço de todos os resíduos urbanos gerados na América Latina e no Caribe ainda acaba em lixões ou no meio ambiente, uma prática que contamina o solo, a água e o ar da região e afeta a saúde de seus habitantes. O alerta é de um relatório da ONU Meio Ambiente, publicado hoje (9) em Buenos Aires, durante o XXI Fórum regional de Ministros do Meio Ambiente. Evento teve início nesta terça-feira e segue até 12 de outubro na capital argentina.

Todos os dias, 145 mil toneladas de lixo são descartadas de maneira incorreta — a quantidade equivale ao que é gerado por 27% da população latino-americana e caribenha ou 170 milhões de pessoas. Os números foram divulgados na pesquisa Perspectiva sobre a Gestão de Resíduos na América Latina e no Caribe.Continuar lendo

Defensores do planeta integra Mesa Redonda na XIII UFRJ Ambientável

 

Nesta semana, durante os dias 21 a 24 de agosto, aconteceu a XIII UFRJ Ambientável na Escola Politécnica da UFRJ. O evento que ocorre desde 2005, é organizado anualmente pela comissão dos alunos de engenharia ambiental da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.  A oitava edição trouxe neste ano um tema que vem sendo debatido internacionalmente pelos diversos países e organizações mundiais.  Com o tema “Brasilidade com Ciência – Trilhando Caminhos à Luz dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, o evento colocou como pauta principal os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A semana foi separada em quatro temas principais que reuniram especialistas, como a bióloga Luthiene Dalanhese e o biólogo Bruno Meurer do Projeto Tartarugas Marinhas, em mesas redondas, palestras, minicursos e nas mais diversas atividades, para falar sobre Saneamento e Recursos Hídricos (ODS6), Energia (ODS7), Biomas e Florestas (ODS13 e ODS15). Reuniu também projetos importantes que apresentaram sua atuação no território carioca, tais como os Projeto Tartaruga Marinha que atua no litoral do Rio de Janeiro, o Projeto de Extensão Estuda Maré e o Projeto de Extensão em Agroecologia Capim Limão.  O evento que teve sede o Centro Tecnológico da UFRJ reuniu discentes que participaram de formações em oficinas e minicurso, visitas técnicas e também contou com uma mini-feira de exposição para que os alunos pudessem informar-se o máximo possível sobre a pauta abordada. E é claro que a Defensores do Planeta não poderia ficar de fora dessa!  No primeiro dia de evento a Defensores integrou a mesa redonda de abertura para introduzir a Agenda 2030 nas expectativas, atuação e o papel dos países e sociedade civil para alcançar as metas estabelecidas pela ONU. Abordar os ODS em eventos como este, faz parte do nosso compromisso principal para alcançar o desenvolvimento sustentável global.

“A participação da sociedade civil na implementação da agenda ODS é de suma importância, seja socializando as informações que obtemos nos encontros nacionais e internacionais ou na formação dos atores sociais acerca da agenda de desenvolvimento sustentável, agindo desta forma nós não deixaremos ninguém para trás. ” Afirma: Mauro Pereira, Diretor executivo da Defensores do planeta.

Autor: Kaique Bragé. Voluntário, membro da Equipe Jovens em Ação.

Foto: Gabriela Pedroso

Líder caribenha quer recuperar função deliberativa do conselho econômico e social da ONU

 

Recém-eleita para presidir o Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC), a caribenha Inga King afirmou em julho (26) que o organismo precisa recuperar sua função deliberativa, a fim de orientar com eficiência os países na busca por sustentabilidade.

Inga Rhonda King é a nova presidente do Conselho Econômico e Social da ONU, o ECOSOC. Foto: ONU/Rick Bajornas

Recém-eleita para presidir o Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC), a caribenha Inga King afirmou em julho que o organismo precisa recuperar sua função deliberativa, a fim de orientar com eficiência os países na busca por sustentabilidade. A liderança, que é embaixadora de São Vicente e Granadinas, foi escolhida em 26 de julho para coordenar a instituição.

O ECOSOC coordena agências especializadas das Nações Unidas e é responsável por formular recomendações sobre desenvolvimento, comércio internacional, industrialização, recursos naturais, direitos humanos, condição da mulher, população, ciência e tecnologia, prevenção do crime e bem-estar social.

“Houve alguma insatisfação com o funcionamento do ECOSOC nos últimos anos. Mas nos próximos 12 meses, vamos trabalhar juntos para restaurar a (sua) ‘função deliberativa’”, defendeu a nova dirigente do organismo.

King também quer fortalecer o Fórum Político de Alto Nível como uma das mais importantes instâncias de acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Mudanças na lei de agrotóxicos no Brasil violariam direitos humanos, afirmam relatores da ONU

Foto: EBC

Relatores das Nações Unidas enviaram no início de junho (13) um comunicado ao governo brasileiro manifestando preocupações com as propostas de mudança da lei de agrotóxicos no país. Os especialistas alertaram que, caso aprovadas, tais alterações violarão direitos humanos de trabalhadores rurais, comunidades locais e consumidores dos alimentos produzidos com a ajuda de pesticidas.

De acordo com os relatores, alguns pontos do projeto de lei revisam as regulações para registro de pesticidas e seu uso no Brasil com o objetivo de tornar as regras mais flexíveis, facilitando o registro e a propaganda desses produtos no país. Essas modificações podem enfraquecer a regulação e o controle de pesticidas perigosos no Brasil, maior consumidor e importador desses produtos no mundo.

Segundo os especialistas da ONU, cinco dos dez pesticidas mais vendidos no Brasil não são autorizados em diversos outros países devido a seus riscos à saúde humana ou ecossistemas.

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Fórum político sobre desenvolvimento sustentável começa na sede da ONU, em New York.

Representantes de governos, sociedade civil e setor privado reúnem-se em Nova Iorque, na sede das Nações Unidas, até a semana que vem (18) para o Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável.

Nesta edição do Fórum, 47 países apresentarão seus relatórios nacionais voluntários sobre o processo de implementação e acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A delegação brasileira apresentará um documento que indica os avanços nacionais no alcance da Agenda 2030. Representantes do governo também participarão de eventos paralelos, workshops para a elaboração de revisões voluntárias nacionais e acompanharão discussões sobre exemplos de implementação dos ODS.

Com o tema “Transformação rumo a sociedades resilientes e sustentáveis”, o foco do encontro será avaliar o progresso na implementação dos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e discutir casos de sucesso, desafios e lições aprendidas para a construção de um planeta mais pacífico, próspero e saudável até 2030.

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Defensores dos direitos humanos contribuem para eliminação de violações, diz representante da ONU

Em entrevista ao programa “Caminhos da Reportagem”, que foi ao ar na TV Brasil na semana passada (31), o então representante do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) para a América do Sul, Guillermo Fernández Maldonado, disse que o trabalho dos defensores de direitos humanos é essencial para garantir a eliminação de todas as violações a esses direitos globalmente.

“Para as Nações Unidas, é absolutamente fundamental o trabalho dos defensores e defensoras dos direitos humanos. São os indivíduos, os grupos e as instituições que contribuem para a eliminação definitiva de todas as violações de direitos humanos e liberdades fundamentais dos povos e dos indivíduos”, declarou.

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Defensores do planeta chama atenção para poluição dos mares e o excessivo uso de plásticos no dia mundial do meio ambiente.

No dia 5 de junho em comemoração do dia mundial do meio ambiente, a Defensores do planeta em conjunto com a ONU Meio Ambiente, utilizou do principal cartão postal da cidade do Rio de janeiro para chamar atenção dos cariocas e do Brasil para um grande problema mundial a poluição por micro plásticos nos rios, baias, praias e oceanos, convocamos a juventude da zona oeste do Rio de janeiro  para uma caminhada e limpeza das margens da baia de Guanabara, onde realizamos uma remada muito divertida em uma canoa polinésia podemos vislumbra a linda paisagem  da baia de Guanabara porem maculada por  vários lixos  plásticos que estavam boiando, ainda podemos ver peixes  mortos   por conta da poluição  e a grande quantidade de lixo , ou seja um grande dano a vida marinha.

“ Por ano, 8 milhões de toneladas de plástico são despejados no mar em todo o mundo, se levarmos em conta que o tempo de decomposição do plástico é de aproximadamente 400 anos, com essa poluição se repetindo a cada ano, o homem está causando um estrago praticamente irreversível ao meio ambiente. Se não pararmos já com isso, vamos liquidar de vez com a biodiversidade marinha? ” Afirma Mauro Pereira biólogo e diretor executivo da Defensores do planeta

Ainda como parte das nossas comemorações pelo dia mundial do meio ambiente junto com a ONU Meio Ambiente utilizamos da campanha “Acabe com a poluição plástica” para realizar palestras para crianças das escolas municipais da zona oeste e também fizemos um mutirão de limpeza na APA das Brisas em Guaratiba (área de proteção ambiental) , área importante da cidade do Rio, pois ainda guarda um manguezal e ainda apresentamos o projeto MCS Minha Casa Sustentável  em uma evento da  virada sustentável da cidade do Rio, projeto este focado na agenda 2030 sobre os Objetivos de desenvolvimento sustentável.

Ao todo nas atividades conseguimos a participação de 400 pessoas envolvidas direta ou indiretamente.

Resultados: Obtivemos um bom retorno no que tange a participação dos moradores, professores, alunos e parceiros ame da imprensa, conseguimos cumprir com nosso maior foco que é formação e informação, com isso atingimos nosso objetivo que foi em primeiro lugar chamar atenção para a grande quantidade lixo que utilizamos e descartamos, divulgar agenda 2030, através dos ODS 4, 6, 10, 11, 12, 14, 17, sendo assim desta forma trabalhamos a educação ambiental inclusiva e transformadora.

Fonte: Defensores do planeta

 

Poluição Plástica é tema do Dia Mundial do Meio Ambiente

A poluição plástica é atualmente uma das principais causas de danos ambientais, sendo os comportamentos e hábitos antrópicos o maior responsável pelos prejuízos causados ao meio ambiente e à saúde humana. Hoje, a produção de plásticos e o descarte inadequado do material tem crescido graduadamente, tendo como destinação final os corpos hídricos, mais que a metade desse plástico produzido.

Segundo o Relatório do Programa Ambiental da Organização das Nações Unidas (UNEP), 80% do lixo encontrado nos oceanos é plástico. São cerca de 13 milhões de toneladas despejadas no mar anualmente. Todo esse plástico entra nas correntes marinhas que circulam em grandes ilhas flutuantes de lixo poluindo praias e ilhas antes de alcançar o fundo do mar.

Um estudo do Fórum Econômico Mundial revela que em 2050 haverá mais plástico que peixes no mar. Somente no ano de 2015, 448 milhões de toneladas de plástico foram produzidos, isso é três vezes mais que o produzido na década de 60.

A maneira como consumimos também afeta os números do lixo plástico nos oceanos. Hoje, um dos principais vilões são as micropartículas plásticas encontradas em produtos de higiene, tais como cremes, sabonetes e pasta de dente. Também são encontradas na composição de produtos de moda, roupas feitas a partir de tecidos sintéticos que lançam no sistema de esgoto anualmente em torno de 30 mil toneladas de fibras sintéticas. Micropartículas plásticas não são biodegradáveis e podem ficar nos oceanos por centenas de anos. Há mais de 51 trilhões de microplásticos nos mares, e muito deles são ingeridos por animais marinhos, muito deles em extinção.

Estudos da Ocean Conservancy indica que 100% das tartarugas coletadas e amostradas tinham plástico no conteúdo de seu estômago. Recentemente, uma baleia da espécie cachalote, foi encontrada morta e encalhada na costa de Múrcia, na Espanha, com o equivalente a 29 quilos de sacolas plásticas em seu estômago. E não é só isso! Centenas de albatrozes morrem em ilhas do Oceano Pacífico Norte por ingestão de plásticos.

Diante dos problemas ambientais causados pelo plásticos, diversas organizações, pessoas e países tem se sensibilizado para reverter esses problemas. Aqui no Brasil, está em tramitação o Projeto de Lei do Senado de n° 92 de 2018, que dispõe da obrigatoriedade da utilização de materiais biodegradáveis na composição de copos, talheres, bandeja e pratos descartáveis; e o Projeto de Lei do Senado n°263 de 2018, que dispõe da proibição da distribuição de canudos e sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais e da fabricação de produtos de higiene que tem em sua composição microplásticos.

O mês de junho data o Dia Mundial do Meio Ambiente, dia instituído em 1974 pela ONU para sensibilizar sobre a proteção da natureza. E este ano vem com o tema “Acabe com a Poluição Plástica” para conscientizar sobre a necessidade e a importância da preservação dos ecossistemas marinhos. Muitas organizações promoverão atividades e manifestos no dia 05/06 (Dia Mundial do Meio Ambiente) e ao longo da semana em todo o mundo. A Defensores do Planeta também não ficará fora disso!

Nós promoveremos uma Limpeza na Praia da Ponta Grossa, localizada na Pedra de Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro. Uma praia com uma riquíssima biodiversidade e uma vista linda para o mar, mas que está cada vez mais assolada pelo lixo. Além de participar de grandes eventos como a Marcha pelos Oceanos que ocorrerá no Leme, no dia 09 de junho

Cada vez mais pessoas estão engajadas em reverter a poluição marinha e somente a ação coletiva é capaz de alcançar os objetivos. Então não deixe de fazer sua parte, conscientize-se!

Autor: Kaique César de A. Bragé ; Voluntário, membro da Equipe Jovens em Ação.

Fontes: ONU – CleanseasANDAClimatologia Geográfica.

Relator e chefe ambiental da ONU cobram reconhecimento do direito humano a um planeta saudável

 

Formalização do direito em nível global poderia vir por meio de resolução da Assembleia Geral, afirmaram o relator das Nações Unidas John Knox e o chefe ambiental da ONU Erik Solheim, em pronunciamento para o 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente.

Especialistas lembraram papel fundamental dos ambientalistas na proteção da natureza, mas alertaram: por semana, em alguma parte do mundo, em média quatro ativistas morrem por defender o planeta.

Reserva de vida silvestre no condado de Kent, em Maryland, nos Estados Unidos. Na imagem, vê-se o rio Chester, um dos cursos d’água que desemboca na Baía de Chesapeake.

Em pronunciamento para o Dia Mundial do Meio Ambiente, observado hoje (5), o relator das Nações Unidas, John Knox, e o chefe ambiental da ONU, Erik Solheim, cobraram que o organismo internacional reconheça o direito humano a um meio ambiente saudável e sustentável. Formalização do direito em nível global poderia vir por meio de resolução da Assembleia Geral.

“Infelizmente, os vínculos entre direitos humanos e o meio ambiente são frequentemente mais evidentes quando a degradação ambiental causa doenças, destruição e morte. Mais de 1 milhão de crianças morrem a cada ano como resultado, apenas, da poluição do ar e da água, e as mudanças climáticas e a perda da biodiversidade global ameaçam tanto as gerações presentes, como as futuras”, afirmou o comunicado.

Knox e Solheim ressaltaram que um meio ambiente saudável é necessário para a realização plena dos direitos à vida, à saúde, à alimentação, água e desenvolvimento.

“Ao mesmo tempo, o exercício dos direitos humanos como (o direito à) informação, participação, reparação e liberdade de expressão e associação é crítico para a proteção de um meio ambiente saudável”, enfatizaram os especialistas.

Por semana, em alguma parte do mundo, em média quatro ativistas morrem por defender o planeta.

Reconhecimento global

Os autores do posicionamento explicaram que mais de cem países já incluíram em suas constituições nacionais o direito a um meio ambiente saudável e sustentável. Outros adotaram o direito em legislações ou acordos regionais.

Uma medida para validar o direito em nível global “não solucionaria todos os problemas ambientais”, disseram Knox e Solheim, mas “deixaria claro que um meio ambiente saudável ocupa o mesmo nível de importância que outros direitos humanos e que, como outros direitos, tem de ser cumprido para que todas as pessoas tenham vidas de dignidade, igualdade e liberdade”.

“O reconhecimento do direito poderia assumir várias formas, incluindo a adoção de uma resolução pela Assembleia Geral”, acrescentou o comunicado. De acordo com os especialistas, a aprovação eventual de tal medida pelo organismo decisório da ONU seguiria padrão semelhante ao que ocorreu com os direitos à água e ao saneamento, reconhecidos pela Assembleia Geral em 2010.

“Nosso conhecimento de novas ameaças está crescendo — por exemplo, a maré crescente de poluição plástica exige mais atenção e uma resposta efetiva”, enfatizaram os especialistas. “Chegou a hora de as Nações Unidas darem um passo adiante, que tantos de seus membros já deram individualmente. ”

Erik Solheim lidera o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, ocupando o cargo de diretor-executivo da agência.

John Knox é relator especial sobre as obrigações de direitos humanos relacionadas ao usufruto de um meio ambiente seguro, limpo, saudável e sustentável.

Relator e chefe ambiental da ONU cobram reconhecimento do direito humano a um planeta saudável

Formalização do direito em nível global poderia vir por meio de resolução da Assembleia Geral, afirmaram o relator das Nações Unidas John Knox e o chefe ambiental da ONU Erik Solheim, em pronunciamento para o 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente.

Especialistas lembraram papel fundamental dos ambientalistas na proteção da natureza, mas alertaram: por semana, em alguma parte do mundo, em média quatro ativistas morrem por defender o planeta. 

Em pronunciamento para o Dia Mundial do Meio Ambiente, observado hoje (5), o relator das Nações Unidas, John Knox, e o chefe ambiental da ONU, Erik Solheim, cobraram que o organismo internacional reconheça o direito humano a um meio ambiente saudável e sustentável. Formalização do direito em nível global poderia vir por meio de resolução da Assembleia Geral.

“Infelizmente, os vínculos entre direitos humanos e o meio ambiente são frequentemente mais evidentes quando a degradação ambiental causa doenças, destruição e morte. Mais de 1 milhão de crianças morrem a cada ano como resultado, apenas, da poluição do ar e da água, e as mudanças climáticas e a perda da biodiversidade global ameaçam tanto as gerações presentes, como as futuras”, afirmou o comunicado. 

Knox e Solheim ressaltaram que um meio ambiente saudável é necessário para a realização plena dos direitos à vida, à saúde, à alimentação, água e desenvolvimento.

“Ao mesmo tempo, o exercício dos direitos humanos como (o direito à) informação, participação, reparação e liberdade de expressão e associação é crítico para a proteção de um meio ambiente saudável”, enfatizaram os especialistas. 

Por semana, em alguma parte do mundo, em média quatro ativistas morrem por defender o planeta.

Reconhecimento global

Os autores do posicionamento explicaram que mais de cem países já incluíram em suas constituições nacionais o direito a um meio ambiente saudável e sustentável. Outros adotaram o direito em legislações ou acordos regionais.

Uma medida para validar o direito em nível global “não solucionaria todos os problemas ambientais”, disseram Knox e Solheim, mas “deixaria claro que um meio ambiente saudável ocupa o mesmo nível de importância que outros direitos humanos e que, como outros direitos, tem de ser cumprido para que todas as pessoas tenham vidas de dignidade, igualdade e liberdade”.

“O reconhecimento do direito poderia assumir várias formas, incluindo a adoção de uma resolução pela Assembleia Geral”, acrescentou o comunicado. De acordo com os especialistas, a aprovação eventual de tal medida pelo organismo decisório da ONU seguiria padrão semelhante ao que ocorreu com os direitos à água e ao saneamento, reconhecidos pela Assembleia Geral em 2010.

“Nosso conhecimento de novas ameaças está crescendo — por exemplo, a maré crescente de poluição plástica exige mais atenção e uma resposta efetiva”, enfatizaram os especialistas. “Chegou a hora de as Nações Unidas darem um passo adiante, que tantos de seus membros já deram individualmente.”

Erik Solheim lidera o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, ocupando o cargo de diretor-executivo da agência. 

John Knox é relator especial sobre as obrigações de direitos humanos relacionadas ao usufruto de um meio ambiente seguro, limpo, saudável e sustentável.

FONTE: ONU MEIO AMBIENTE