Autor: Gabriel Silva Guimarães

Das terras quentes e praianas do Rio de Janeiro, a Defensores do Planeta desembarca na fria Alemanha para mais uma Conferência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas; neste ano sediada em Bonn, sobre a organização das Ilhas Fiji.
Neste conferência, além do Diretor Executivo da Defensores do Planeta, o Coordenador da Equipe Jovens em Ação esteve presente na conferência para representar a juventude da Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Gabriel Guimarães, jovem morador da Zona Oeste do Rio de Janeiro, participou efetivamente da Conferência, abordando pautas concernentes à mudanças climáticas territoriais, abordando o empoderamento da juventude nas discussões, realizando intervenções, cobertura fotográfica e dialogando com diversas organizações da sociedade civil.

“Ser um jovem, oriundo da rede pública do Estado do Rio de Janeiro, ambientalista, morador da Zona Oeste do Rio de Janeiro, e poder ser a voz de inúmeras vozes em um evento de importância sem precedentes, é ser portador de inúmera responsabilidade.
Estar em um evento de cooperação e influência mundial sendo parte da juventude internacional no combate às mudanças climáticas é ser, e se sentir, parte de um coletivo em busca de um único ideal, onde falar de mudanças climáticas é falar de direitos humanos, de saúde pública, de gênero, conservação da biodiversidade, entre inúmeras outras questões pertinentes. Participar da COP23 trouxe uma demasiada carga de conhecimento e experiência pessoal, onde tive a oportunidade de estar em espaços, dialogando com governos, empresas e organizações da sociedade civil”.  Afirma Gabriel Guimarães, Coordenador da Equipe Jovens em Ação da ONG Defensores do Planeta.

A juventude possui uma força inerente, e que em sua essência encontra-se uma explosão de energia e força acumulativa pela e para a mudança. Trabalhar com juventude e instigar jovens ao senso crítico não é uma tarefa fácil. Nosso desafio é canalizar essa força e essa energia através da informação, um dos pilares da ONG Defensores do Planeta (Informação e Formação para a Ação), a fim de estimular o pensamento crítico sobre a realidade que nos cerca; pensando globalmente e atuando localmente.
Nosso desafio como organização encontra-se no fato de levar informação a uma região desfavorecida, e por vezes abandonada pelo poder público; a Zona Oeste do Rio de Janeiro. Uma região que possui um baixo Índice de Desenvolvimento Humano no Estado e que a população possui baixo acesso ao ensino superior.
Nossa missão é levar informação a juventude local a fim de que haja o empoderamento e o despertar de um senso crítico sobre conflitos socioambientais, capacitando e estimulando jovens para a ação local, por vezes proporcionando um visão de futuro distinta.
Sendo assim, a Coordenação da Equipe Jovens em Ação esteve presente na Conferência representado muitas vozes que por vezes não são ouvidas, e a dizer que: “Sim, a Zona Oeste do Rio de Janeiro sofre com as Mudanças Climáticas”.

Conclusão: Apesar da saída dos Estados Unidos, um dos maiores poluidores e contribuidores para as mudanças climáticas, a COP 23 foi válida com a adesão de dois novos países aderentes ao acordo climático. A Juventude internacional teve participação efetiva nos debates, diálogos e intervenções, demonstrando que a sociedade civil continuará cobrando e pautando ações efetivas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas que afetam diretamente as sociedades.
Esperamos ações e diálogos mais efetivos a serem discutidos na próxima Conferência (COP24), que será em Katowice – Polônia.