Na segunda-feira (20/06), Dia Mundial do Refugiado, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, fez um apelo aos países para que compartilhem responsabilidades e combatam o ódio e a xenofobia contra migrantes e refugiados. Morte de refugiados no Mediterrâneo é “um testemunho trágico do nosso fracasso coletivo” em lidar com sofrimento dos que fogem da guerra e violência.
Para o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, “líderes mundiais não podem mais assistir passivamente tantas vidas serem desnecessariamente perdidas”
O espírito de responsabilidade compartilhada entre os países para lidar com a atual crise de deslocamento forçadofoi substituído por uma narrativa de intolerância, carregada de ódio e xenofobia, alertou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, na segunda-feira (20/06/2016) — Dia Mundial do Refugiado.
O chefe da ONU destacou que “no final de 2015, havia 21,3 milhões de refugiados, 3,2 milhões de pessoas no processo de busca de asilo e 40,8 milhões de pessoas internamente deslocadas dentro de seus próprios países”.
Ban Ki-moon ressaltou que nove em cada dez refugiados vivem hoje em países de média e baixa renda perto de situações de conflito. Um levantamento publicado nesta segunda-feira (20/06/2016) pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) aponta que, dos 65,3 milhões de indivíduos forçadamente deslocados até o final de 2015, pouco mais de 1 milhão havia chegado à Europa pelo Mediterrâneo.
“Milhares não conseguiram chegar — um testemunho trágico do nosso fracasso coletivo de atender devidamente à sua situação”, lamentou o secretário-geral da ONU.
O chefe da ONU afirmou ainda que a Assembleia Geral realizará, no próximo dia 19 de setembro, uma reunião de alto nível para abordar os grandes movimentos populacionais. De acordo com o chefe da ONU, esta será uma oportunidade histórica para se chegar a um pacto global, com um compromisso com a ação coletiva e uma maior responsabilidade compartilhada com os refugiados e migrantes.
Na semana passada, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) lançou a campanha global #ComOsRefugiados. O objetivo é mobilizar apoio público para uma petição que apela aos governos por ações em prol das pessoas forçadas a se deslocar por causa de guerras e conflitos. O documento será aos Estados-membros antes do encontro de alto nível da Assembleia Geral da ONU.
Fonte: https://nacoesunidas.org/onu-paralisia-politica-agrava-crise-de-refugiados-e-prejudica-trabalho-de-organizacoes-humanitarias/ Foto: Reprodução/UNHCR – The Italian Coastguard / Massimo Sestini