(Foto: Defensores do Planeta)
A Defensores esteve lá denunciando a indústria TKCSA por violações dos direitos humanos e contribuir com um aumento de 70% nas emissões de gás carbônico (CO2) na zona oeste do rio de janeiro.
Apesar de não fixar metas globais numéricas de redução de emissões de gases de efeito estufa, o documento estabelece “limitar o aumento da temperatura média global a bem abaixo de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais, e manter esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC”.
E diz que, para segurar o aquecimento do planeta a este nível, é preciso alcançar o pico de emissões o mais rápido possível e obter um balanço entre emissões e remoções desses gases na segunda metade do século. Na prática, isso significa ter emissões líquidas zero – tudo que continuar sendo emitido até lá tem de ser retirado da atmosfera de algum modo, seja com florestas ou com mecanismos de captura de carbono. A inclusão desse detalhamento foi vista como um bom sinal em relação a versões anteriores do texto, que tinham sido criticadas por estarem vagas demais, inconsistentes com a meta. Essa cláusula deixa o caminho para o 1,5°C mais clara.
Agora, os governos precisam rever suas metas de curto prazo para estar em dia com os novos objetivos. E precisam rever suas políticas de energia para acelerar as fontes renováveis. Eles devem parar de financiar os combustíveis fósseis e acabar com o desmatamento até 2020.
O Acordo de Paris é um Tratado de direito internacional, legalmente vinculante – ou seja, tem peso de lei. Mas as metas nacionais (as INDCs) e os compromissos financeiros, não. Isto foi a saída para permitir que os Estados Unidos assinassem o acordo global.
Sobre os direitos dos povos indígenas, isso está no Preâmbulo e na seção sobre adaptação do Acordo. Mas eles não estão tendo garantida a proteção que merecem, ainda mais porque a proteção das florestas é uma das chaves para manter o aumento das temperaturas em 1,5 °C. O Acordo de Paris apenas reconhece que os países devem respeitar e promover os direitos humanos no combate às alterações climáticas.
“Ao ver que se aproximava do fim e não se tinha ainda um acordo, fiquei triste mais ao ouvir “Wind of chance” do Scorpions logo percebi, que o vento da mudança sopraria em Paris e logo gritamos ao saber da aprovação do acordo para salvar nossas futuras gerações, e ao ver que até justiça climática entrou no texto do acordo, me diz que nada foi em vão”, afirma Mauro Pereira, Diretor Executivo da Defensores do Planeta.
A Defensores do Planeta participou de inúmeros eventos e encontros, dentro da COP-21, espaço geração clima, na coalização clima, além de reuniões com ONGs, eventos do ministério de meio ambiente francês, eventos na UNESCO, eventos do UNEP, encontro com agricultores franceses e a via campesina e a agenda 21 francesa.
Fonte: Defensores do Planeta e UNFCCC-ONU